Camões destro, Camões sinistro: nũa mão sempre o quê? E noutra, o que mais?
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Palavras-chave

Camões
Amor
Corpo
Mão
Seio

Como Citar

MAFFEI, L. Camões destro, Camões sinistro: nũa mão sempre o quê? E noutra, o que mais?. Veredas: Revista da Associação Internacional de Lusitanistas, [S. l.], v. 43, p. 115–126, 2025. DOI: 10.24261/2183-816x0843. Disponível em: https://ojs.revistaveredas.org/index.php/ver/article/view/1004. Acesso em: 3 out. 2025.

Resumo

A poesia de Luís de Camões se caracteriza por trabalhar, muitas vezes de modo dialético, alguns pares. Um deles, não necessariamente explorado à exaustão pelo poeta, mas aberto a uma leitura atenta, é o das duas mãos. A imagem do próprio poeta, com suas mãos em papel importante, é objeto de um dos mais famosos retratos que Camões mereceu – nele, é tematizada uma necessidade vital muito básica, que o poeta faz conviver, em sua obra, com algumas nobrezas, sobretudo a da experiência amorosa. O que está em jogo, na fome de alimento e no desejo, é o corpo. Por isso, ler imagens-chave do soneto “Bem sei, Amor, que é certo o que receio”, especialmente a imagem da mão no seio, em articulação com outros momentos da poesia camoniana, pode ser uma porta (giratória) de entrada para zona significativa dessa obra.

https://doi.org/10.24261/2183-816x0843
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Referências

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